Alceu Valença diz o que acha da torcida do Fluminense usar o hit ‘Anunciação’

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Canção criada pelo cantor pernambucano virou hino dos torcedores em 2008 e continua sendo entoada até hoje nas partidas Alceu Valença comenta o fato das suas músicas viralizarem mesmo após tanto tempo
Alceu Valença não sabe explicar por que “Anunciação”, música criada por ele em 1983, virou hino da torcida do Fluminense quando o time carioca disputou a semifinal da Copa Libertadores da América, contra o Boca Juniors, em 2008. Até hoje, os torcedores a entoam nos estádios. Assista⬇️
Torcida do Fluminense toca “Anunciação”
Mas, durante o São João da Thay, em São Luís do Maranhão, antes de se apresentar, o cantor, de 77 anos, disse que tem uma suposição.
“Arte não tem tempo, não. A arte que é comercial, ela se acaba. A arte que saí do coração, aí não tem tempo. Eu provo isso aqui. Se você for olhar para ‘La Belle de Jour’ (lançada em 1992 por Alceu e inspirada no dia que conheceu a atriz Jacqueline Bisset num bar da capital francesa), ela é um sucesso nas plataformas musicais”, disse ele.
Alceu Valença
Brazil News/Lucas Ramos
Nascido em São Bento do Una, no agreste pernambucano, a música sempre foi presente na vida de Alceu, que precisou se formar em Direito para agradar ao pai. O advogado Décio de Souza Valença temia que o filho, com um dom nato para a música, enveredasse pelo caminho da arte e se perdesse no mundo. Talvez seja por isso que até hoje Alceu evita ouvir suas composições:
“Não sou uma pessoa de escutar as minhas músicas e vou explicar por quê. Quando era garotinho, o meu pai não queria que eu seguisse a carreira artística. Naquela época era muito complicado. Me formei em Direto e depois abandonei tudo para fazer a minha música”, lembra.
Alceu Valença no São João da Thay
Agnews/Léo Franco
Na infância, Alceu ouvia os poemas criados e tocados pelo avô Orestes Alves Valença no violão. Também não saíam de sua vitrola as músicas de Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Marinês, três dos principais irradiadores da cultura musical nordestina:
“Ficava assistindo a esses filmes da belle époque porque queria ser o tal do intelectual. Lia, estudava filosofia e depois caí fora do Direito. O que ficou na minha cabeça? Eu já tinha um ouvido natural. O alto-falante de São Bento, o meu avô tocando viola, a banda de Santa Cecília, os carnavais que passavam na Rua dos Palmares… Então a música foi entrando na minha cabeça de uma maneira absolutamente natural.”
Alceu Valença
Agnews

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