Análise: Estreia de Tiago Nunes não deu injeção de ânimo no Botafogo, que repetiu falhas contra o Fortaleza

Esporte
Alvinegro apresentou mesmas deficiência dos piores momentos ao longo do segundo turno, principalmente no setor defensivo Nem a estreia de Tiago Nunes foi capaz de dar uma injeção de ânimo no time do Botafogo. No empate em 2 a 2 com o Fortaleza, na Arena Castelão, o alvinegro teve desempenho ainda pior em relação ao péssimo segundo turno que faz. Frágil no setor defensivo e burocrático no ofensivo, o time foi superado pelos cearenses durante quase toda a partida, mas contou com as deficiências do adversário, que tem uma sequência ruim de nove jogos sem vencer, para conquistar um ponto.
O Botafogo também atravessa um longo jejum. Agora são sete partidas consecutivas sem vitória no Brasileirão, e o alvinegro deixou de depender apenas de si para ser campeão. O time está a um ponto do Palmeiras, líder da competição a quatro rodadas do fim. No domingo, o Botafogo enfrenta o Santos, às 16h, em casa.
— Não estou pensando nos quatro jogos, só no Santos. Mesmo sabendo da tabela, vou olhar só para o próximo adversário. Vou focar só na pressão que já existe pela vitória. É focar nos objetivos curtos, tentar jogar um primeiro tempo mais forte e equilibrado que teve aqui. Entender quem vai estar recuperado para esse jogo e aí tentar encontrar a equipe adequada — falou Tiago Nunes após a partida.
De fato, a primeira etapa do Botafogo foi abaixo da média. Não à toa, a expectativa por trás do início de trabalho de Tiago Nunes no clube foi por água abaixo com menos de dez minutos. Logo aos sete, em falha do sistema defensivo alvinegro, Pikachu abriu o placar para o Fortaleza. Em jogada pela esquerda, quatro jogadores do Botafogo olharam exclusivamente para a bola. Enquanto isso, Caio Alexandre, com a posse, acionou Calebe nas costas de Di Plácido, Júnior Santos e Marlon Freitas. Em passe que cruzou a área, o meia encontrou Pikachu que, no segundo pau, só empurrou para o fundo das redes.
O gol sofrido não mudou em nada a postura do Botafogo na partida. Frágil atrás, desorganizado e espaçado no meio, e sem criatividade e movimentação na parte ofensiva, o time seguiu com os mesmos problemas dos piores momentos com Lucio Flavio. Mesmo assim, conseguiu o empate aos 19 em lance bisonho do zagueiro Brítez, que cabeceou contra o próprio gol após escorada de Tiquinho Soares.
Mas nada disso foi capaz de fazer com que o alvinegro chegasse perto de competir contra o Fortaleza. Com muitos espaços no meio e pouco combate pelas pontas, o time continuou dando liberdade para que o Leão chegasse com perigo.
O time de Vojvoda voltou à frente do placar aos 40 minutos. Pela direita, Calebe driblou Hugo, que entrou no lugar de Marçal, lesionado, e achou Guilherme. Entre dois defensores alvinegros, o atacante deu um peixinho e marcou o segundo do Fortaleza.
Mudanças melhoram time
Mesmo com a péssima atuação na primeira etapa, Tiago Nunes voltou para o segundo tempo sem mudanças. Com ideia de transmitir confiança aos jogadores que formam a base do time titular, o treinador tentou ajeitar a equipe com orientações táticas. Não foi o bastante. Até os 15 minutos, quando lançou Diego Costa, Gabriel Pires e Luís Henrique, o Botafogo seguiu sem inspiração.
Principalmente com as entradas de Pires e do centroavante e, posteriormente, a de Danilo Barbosa na vaga de Adryelson, o Botafogo teve mais energia em campo. Por mais que isso não tenha sido traduzido em qualidade técnica, foi o suficiente para garantir o empate e um ponto importante na classificação.
Aos 33 minutos, Eduardo cobrou escanteio pela direita e Danilo venceu disputa pelo alto na pequena área para dar números finais ao confronto.

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