Câmara de SP autoriza trabalho de bombeiros para poda de árvores em dias de folga como ‘bico oficial’

Brasil
Prefeitura diz que os bombeiros vão trabalhar em cortes preventivos e em áreas de risco. Câmara de São Paulo
Reprodução/TV Globo
A Câmara de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (22), em segunda discussão, o Projeto de Lei (PL) que define alterações na gratificação por desempenho na “Operação Delegada”, que permite que policiais atuem em “bicos oficiais” em dias de descanso, e bombeiros agora poderão fazer podas de árvores nas folgas.
O PL, de autoria do prefeito Ricardo Nunes (MDB), segue para a sanção do próprio prefeito. Em nota, a prefeitura disse que os bombeiros vão atuar em cortes preventivos e em áreas de risco.
“É uma inovação importante e valorização na carreira dos bombeiros. Não tem nada colocado de última hora e é uma patente da polícia militar, dentro do Corpo de Bombeiros, que é renomado por todo o seu trabalho de salvar vidas e vai auxiliar também na operação delegada”, disse o vereador Fábio Riva (PSDB).
“Nós acreditamos que, honestamente, é um desperdício é uma má-gestão. O bombeiro é melhor aproveitado em outras funções. Nós acreditamos que tem que fortalecer as equipes de poda de árvores das subprefeituras que hoje não dao conta de nada porque não têm trabalhador de poda da subprefeitura, que é zeladoria, então, pra nós, é fora de ordem”, questionou a vereador Luana Alves (PSOL).
O texto final aprovado prevê o aumento nos valores pagos aos policiais Civis e militares, assim como aos GCMs.
O projeto também permite a concessão de incentivos por desempenho de Atividade Delegada em regiões consideradas estratégicas, a serem definidas pelo Executivo, e em período noturno.
Em 7 de novembro, três dias depois do temporal que derrubou árvores e deixou parte da cidade de São Paulo no escuro, a prefeitura tinha informado, naquela ocasião, que 3.690 árvores com galhos em contato com fios elétricos ainda não tiveram manutenção feita pela Enel, empresa de fornecimento de energia na capital paulista.
O levantamento da prefeitura de São Paulo sobre a poda de árvores levou em conta o total de registros de ordens de serviço feitos desde agosto de 2020 até outubro deste ano.
Em relação aos estragos por conta das chuvas do dia 3, o total de árvores caídas e que aguardavam remoção ainda dois dias depois da tempestade chegou a 125.

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