Entenda como a disputa entre Venezuela e Guiana por território onde há petróleo entra no debate político venezuelano

Internacional
Os dois países disputam Essequibo desde 1966. Em 2015, a disputa ficou mais acirrada, pois a companhia americana ExxonMobil descibriu de campos de petróleo na região. Agora, o governo da Venezuela quer fazer um plebiscito sobre o tema. Anistia Internacional critica Venezuela por suspensão de resultado de eleições primárias
A Venezuela convocou um referendo para 3 de dezembro, no qual os venezuelanos serão perguntados se apoiam a criação de uma nova província chamada “Guayana Esequiba” em um território de 160 mil km² onde há vastos recursos naturais, assim como conceder a nacionalidade a 125 mil habitantes do local.
O problema é que essa região, conhecida como Essequibo, é administrada por um outro país, a Guiana.
Os dois países disputam Essequibo desde 1966. Em 2015, a disputa ficou mais acirrada, pois a companhia americana ExxonMobil descibriu de campos de petróleo na região.
A Guiana afirma que é a proprietária do território porque existe um laudo de 1899, feito em Paris, no qual foram estabelecidas as fronteiras atuais.
Já a Venezuela afirma que o território é dela porque assim consta gem um acordo firmado em 1966 com o Reino Unido, antes da independência de Guiana, no qual o laudo arbitral foi anulado e se estabeleceram bases para uma solução negociada.
A Guiana quer que a disputa seja resolvida na Corte Internacional de Justiça. A Venezuela quer tentar negociar com o país vizinho.
O tema entra na disputa política interna da Venezuela
A Venezuela terá eleições presidenciais no ano que vem. Os políticos de oposição decidiram fazer uma votação prévia para escolher uma única candidata, e quem venceu foi María Corina Machado. Ainda há dúvidas se ela poderá ser o nome da oposição porque a Justiça da Venezuela afirma que ela não pode concorrer.
Na quarta-feira (22), Corina pediu para suspeiter o referendo sobre a disputa territorial com a Guiana.
“O referendo sobre o Essequibo deve ser suspenso”, disse a opositora, que considerou o mecanismo como uma distração em meio ao clima político, econômico e social venezuelano antes das eleições presidenciais de 2024.
“É um erro que não apenas não traz nada para a defesa de nosso território, mas que também pode nos prejudicar em nossa defesa na Corte Internacional de Justiça”, afirmou ela.
Corina considera que o território é venezuelano, mas que o país deve se preparar para apresentar uma defesa “inobjetável que demonstre os direitos da Venezuela” sobre Essequibo.
A política visitou a área em 2013, quando era deputada do Parlamento, e junto de outros opositores aparece em uma foto segurando um cartaz que dizia: “O Essequibo é nosso.”

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