Falta de luz em Niterói e São Gonçalo entra no 5º dia; lojista deixa caminhão frigorífico ligado por 48 horas para tentar reduzir prejuízo

Brasil
As prefeituras de Niterói e de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estimam que 31 mil residências e comércios ainda estão sem luz desde a tempestade do último sábado (18). Esta quarta-feira (22) é o 5º dia sem energia para esses clientes da Enel.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou, nesta terça-feira (21), uma ação civil pública com tutela de urgência para que a Enel restabeleça, imediatamente, a luz de todos os moradores de Niterói, sob pena de multa de R$ 50 mil por cada consumidor lesado. Até a última atualização desta reportagem, a Justiça não tinha se manifestado.
Niterói
A Prefeitura de Niterói afirmou que são aproximadamente 2 mil endereços sem energia elétrica. Pelo menos 2 escolas seguem afetadas e não abririam nesta quarta.
Na tarde desta terça, moradores da Rua Benjamin Constant, no Barreto, fizeram manifestação na via por conta da falta de luz. A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal foram acionadas. Na parte da noite, um novo protesto aconteceu no Largo da Batalha.
São Gonçalo
Segundo a prefeitura, até as 18h desta terça aproximadamente 29 mil domicílios estavam sem energia.
São pelo menos 8 escolas municipais e 3 unidades de saúde sem luz.
MPRJ entra com ação
Na ação ajuizada nesta terça-feira, a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte do Núcleo Niterói do MPRJ argumentou que a concessionária não se preparou corretamente para o evento climático previsto pela Defesa Civil Municipal.
“O que se viu não foram tufões, furacões, tornados ou ciclones, apenas chuva e vento forte decorrentes da mudança climática, do forte calor para uma frente fria passando pelo oceano, como ocorre sempre no nosso clima tropical. Como é de conhecimento público, a rede elétrica é aérea, logo, ventos fortes, árvores não podadas e equipamentos malcuidados, obsoletos, causam estouros dos transformadores e consequente falta de energia, o que vem sendo recorrente”, detalha um dos trechos da ação.
Além da retomada imediata da energia, o MPRJ também pediu ao Judiciário que a Enel aumente o número de equipes de emergência de atendimento, apresente um plano de contingência no prazo de 15 dias úteis, para o período de verão, e realize a manutenção nos transformadores do município, além das podas de árvores para evitar quedas frequentes de energia elétrica em caso de rajadas de ventos
A ação também pede que a concessionária pague uma multa por danos morais coletivos e apresente a relação de todos os protocolos abertos no dia 18, com a respectiva data de encerramento e atendimento.

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