Júnior Baiano cita geração de ouro: “Se deixa aquele grupo mais um pouco, Flamengo ia ter mais taças”

Futebol
Zagueiro lamenta “desmanche” de sua geração nos anos 90; veja quando saiu cada um Em entrevista à “FlaTV”, canal oficial do Flamengo no YouTube, Júnior Baiano lembrou à geração de ouro da base rubro-negra nos anos 90, que conquistou a primeira Copinha do clube. O ex-zagueiro lamentou o “desmanche” daquele grupo, que tinha nomes como Djalminha, Marcelinho Carioca, Paulo Nunes e companhia.
Júnior Baiano lembra geração de ouro do Flamengo: “Ia ter mais algumas taças”
– Se fosse hoje seria totalmente diferente. Ou há cinco anos, 10 anos atrás, seria totalmente diferente porque o investimento na base seria outro. Naquela época, os grandes clubes brasileiros contratavam muitos jogadores mais experientes. Então jogador da base que se destacava mais claro que estava ali jogando, tanto que eu joguei, o Nélio, Piá, Paulo Nunes… Mas a gente tinha o Djalminha, o Marcelinho (Carioca), o Marquinho, Luis Antônio, que era um meia de qualidade técnica absurda. Só que os clubes davam mais valor aos jogadores de 30 e poucos anos, que estavam fora do país, então eu entendo. Mas, assim, se deixa aquele grupo mais um pouco, com certeza o Flamengo ia ter mais algumas taças na prateleira (risos).
Quatro nomes daquela geração foram convocados para a seleção brasileira sub-20: Rogério, Marquinhos, Marcelinho Carioca e Paulo Nunes. Mais tarde, o quarteto também chegou à Seleção principal, assim como Júnior Baiano, Djalminha e Nélio. No Flamengo, grande título da geração de ouro foi o Campeonato Brasileiro de 1992, quando Júnior Baiano, Rogério, Piá, Fabinho, Paulo Nunes e Nélio participaram ativamente da campanha.
Júnior Baiano chegou à seleção brasileira principal
AFP
– Quando a gente se junta fala muito nisso. Poderia ter contribuído mais com o Flamengo. Principalmente com títulos, né? O que vale mesmo é quando você conquista. E acho que aquela turma, aquele grupo, se fica mais uns três, quatro anos no Flamengo, teria mais alguns títulos na prateleira. Principalmente eu, que sou Flamengo de carteirinha, tive a sorte de torcer para o Flamengo e vir para o Flamengo iniciar a minha carreira aqui, sou um cara extremamente feliz. Mas que a gente poderia ter contribuído muito mais com o Flamengo, poderia – reafirmou Baiano.
Veja os destaques e quando cada um saiu:
Adriano: o goleiro ficou no Flamengo até 1995 e saiu para o America-RJ no ano seguinte. Pelo Rubro-Negro, não chegou a ter grande destaque no profissional após 75 jogos.
Júnior Baiano: o zagueiro permaneceu no Flamengo até o fim de 1993 e saiu para o São Paulo. Destaque desde cedo no profissional, fez 172 jogos na primeira passagem.
Rogério: o zagueiro jogou no profissional do Flamengo até o meio de 1994, quando saiu para o Cruzeiro. Foram 283 jogos na sua primeira passagem pelo clube.
Piá: assim como Júnior Baiano, o lateral-esquerdo deixou o Flamengo no fim de 1993 e foi para o Santos. Com a camisa rubro-negra no profissional, fez 221 jogos.
Marcelinho Carioca Flamengo 1993
Agência Estado / Vidal Cavalcante
Fabinho: o volante ficou no Flamengo até o meio de 1995, quando saiu para o Cruzeiro. No profissional rubro-negro, disputou 254 jogos no período.
Marquinhos: o meia permaneceu no Flamengo até o fim de 1995 e depois foi para o Palmeiras. Foram 337 jogos no profissional do Rubro-Negro.
Luis Antônio: o meia trocou o Flamengo pelo Fluminense no fim de 1993. Com a camisa rubro-negra, foram 109 jogos no profissional.
Marcelinho Carioca: o meia também deixou o Flamengo no fim de 1993 com destino ao Corinthians. Antes, disputou 242 jogos com a camisa rubro-negra no profissional.
Paulo Nunes no Flamengo nos anos 90
Divulgação
Djalminha: o meia ficou no Flamengo até o meio de 1993, quando foi para o Guarani. Pelo Rubro-Negro, fez 133 jogos no profissional.
Paulo Nunes: o atacante permaneceu no Flamengo até o fim de 1994 e depois saiu para o Grêmio. Com a camisa rubro-negra no profissional, disputou 155 jogos.
Nélio: o centroavante foi quem ficou mais tempo, até o fim de 1998, mas com três empréstimos pelo caminho: foi para o Guarani em 1995, para o Fluminense em 1997 e para o Athletico-PR em 1998. Ao todo na Gávea, foram 346 jogos no profissional.
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