Justiça da Coreia do Sul condena Japão a indenizar 16 escravizadas sexuais da 2ª Guerra com R$ 754 mil cada

Internacional
Segundo historiadores, cerca de 200 mil mulheres, principalmente da Coreia, mas também de outras partes da Ásia, incluindo a China, foram forçadas à escravidão sexual por soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Estátua que lembra “mulheres de conforto” causa mal estar entre Japão e Coreia do Sul
A Justiça da Coreia do Sul ordenou, nesta quinta-feira (23), que o Japão indenize 16 mulheres vítimas de escravidão sexual durante a Segunda Guerra Mundial.
Em uma instância inferior da Justiça, o caso havia sido rejeitado.
O Tribunal Superior de Seul ordenou que cada uma das denunciantes receba cerca de US$ 154 mil dólares (R$ 754 mil).
O tribunal afirmou que as vítimas foram sequestradas à força ou atraídas para a escravidão sexual e concluiu que, como resultado, sofreram danos e não conseguiram viver uma vida normal após a guerra.
Lee Young-soo, uma vítima de 95 anos e uma das 16 denunciantes, levantou os braços de alegria ao sair do tribunal. “Estou muito grata”, disse ela aos repórteres, visivelmente comovida com a decisão.
Segundo historiadores, cerca de 200 mil mulheres, principalmente da Coreia, mas também de outras partes da Ásia, incluindo a China, foram forçadas à escravidão sexual por soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.
Esta questão abala há muito tempo as relações bilaterais entre Seul e Tóquio, que colonizou a península a Coreia entre 1910 e 1945.
O Japão insiste que um tratado de 1965, em virtude do qual os dois países restauraram relações diplomáticas com um pacote de reparações de cerca de 800 milhões de dólares (3,9 bilhões de reais) em subvenções e empréstimos, resolveu todas as reivindicações relacionadas ao período colonial.
A ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoko Kamikawa, disse que a decisão desta quinta-feira é “claramente contrária ao direito internacional e aos acordos entre os dois países”.

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