Flamenguista e apaixonado pelo esporte, Sávio Samuel tem paralisia cerebral e sonha com cadeira de rodas elétrica. Ídolo do Flamengo doou camisa autografada para sorteio O Zico fez um vídeo divulgando a rifa da camisa
Reprodução/TV Integração
Gols, assistências, títulos, jogadas inesquecíveis. Não é à toa que Zico é considerado como o maior ídolo da história do Flamengo. Como se isso já não fosse suficiente para colocar o Galinho de Quintino neste patamar, as atitudes dele também contribuem para tornar o camisa 10 da Gávea eterno.
Em outubro, Zico doou e autografou uma camisa para uma rifa, com objetivo de arrecadar fundos para comprar uma cadeira de rodas elétrica para Sávio Samuel, um paratleta de bocha que compete em torneios regionais e nacionais. As vendas para o sorteio serão até o dia 29 de novembro (veja como comprar no fim da reportagem).
Sávio Samuel é o orgulho de Dona Natalina na bocha adaptada
Natalina Maria Pereira/Arquivo pessoal
A mãe de Sávio contou ao ge a história do paratleta de Lima Duarte, Minas Gerais, que sensibilizou o maior craque da história do Flamengo a apoiar a causa.
“O Sávio é flamenguista doente, sempre acompanha os jogos do time. O apoio do Zico chegou para nós por meio da Renata Borcard, que faz este tipo de ação. Quando soubemos que o Zico ia doar a camisa para a rifa, choramos muito”.
Emocionada, quem dá esse relato é Natalina Maria Pereira, mãe de Sávio. Hoje com 23 anos, o paratleta nasceu prematuro, aos sete meses de gestação. Em razão de falta de oxigênio no cérebro, ele desenvolveu paralisia cerebral. Com isso, Sávio teve perda de audição e ficou com sequelas motoras e na fala.
Sávio Samuel é torcedor do Flamengo
Natalina Maria Pereira/Arquivo pessoal
Sávio cresceu e conheceu a bocha de forma curiosa, segundo Dona Natalina.
— Eu tinha conversado com uma fisioterapeuta para fazer um andador para o Sávio, no Bairro Poço Rico, em Juiz de Fora. Quando estava voltando de lá, me encontrei com um moço na rua e ele perguntou se eu sabia de um projeto na Secretaria de Esportes em Juiz de Fora. Ficava em frente à Apae, e o Sávio era integrante.
“Na primeira vez que levei ele na bocha, olhei e pensei que aquilo ali não era para ele. Alguns dias depois, resolvi voltar, ele participou do treino e se apaixonou pelo esporte”, lembrou.
Sávio Samuel disputa a bocha na categoria BC3, quando o atleta tem maior grau de comprometimento motor e é assistido por alguém, que tem a função de direcionar a calha a partir das orientações do jogador.
Paratleta disputa competições regionais e nacionais
Natalina Maria Pereira/Arquivo pessoal
O paratleta treina e compete no esporte há cerca de sete anos. Sem movimento nas mãos, ele usa os pés para praticar a bocha. Além da parte motora, a mãe enxerga a evolução no filho e fala sobre o dia a dia de Sávio.
— Ele ficou mais concentrado em tudo. Ele presta mais atenção em coisas que faz em casa. Ele não faz as coisas com as mãos, mas com os pés ele mexe no computador, no celular, etc. Ele gosta muito de jogar no notebook e no telefone, anda a cavalo e faz outras atividades.
Dificuldades financeiras e rifa
Sávio e Dona Natalina moram em Lima Duarte, cidade que fica a 62,5km de Juiz de Fora. Os treinos da modalidade são às segundas e quartas-feiras, mas as dificuldades financeiras impedem que Sávio compareça a todas as atividades.
O paratleta está acostumado a competir e a ganhar medalhas. Recentemente, ele conquistou o bronze na bocha adaptada, nos Jogos do Interior de Minas Gerais (Jimi) Paradesporto 2023, sediado em Juiz de Fora.
Sávio Samuel, à esquerda, conquistou o bronze no Jimi Paradesporto
Natalina Maria Pereira/Arquivo pessoal
No entanto, o sonho dele é ter uma cadeira de rodas elétrica, que permita que ele se adapte melhor para ter um desempenho mais elevado nos treinamentos e campeonatos. O equipamento está orçado em R$ 35 mil.
Com as vendas da rifa ainda em andamento e com a proximidade do sorteio, marcado para 29 de novembro, Dona Natalina afirma que Sávio Samuel está confiante e ansioso para ter a chance de realizar o sonho dele.
— Ele está muito ansioso. Se a gente fala algo com ele, todo dia ele lembra daquilo, aponta para a cadeira dele e fica mostrando. Muitas pessoas falam que a cadeira motorizada não seria boa para ele, porque seria difícil para viajar, para transportar. Mas eu não acho isso, porque muita gente carrega cadeiras de rodas elétricas por aí — concluiu.
As rifas podem ser compradas por R$ 5 pelo Pix 32 98895 0452 (Renata Borcard Fernandes da Silva Sirico). A camisa será rifada pela Loteria Federal no dia 29 de novembro.
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Reprodução/TV Integração
Gols, assistências, títulos, jogadas inesquecíveis. Não é à toa que Zico é considerado como o maior ídolo da história do Flamengo. Como se isso já não fosse suficiente para colocar o Galinho de Quintino neste patamar, as atitudes dele também contribuem para tornar o camisa 10 da Gávea eterno.
Em outubro, Zico doou e autografou uma camisa para uma rifa, com objetivo de arrecadar fundos para comprar uma cadeira de rodas elétrica para Sávio Samuel, um paratleta de bocha que compete em torneios regionais e nacionais. As vendas para o sorteio serão até o dia 29 de novembro (veja como comprar no fim da reportagem).
Sávio Samuel é o orgulho de Dona Natalina na bocha adaptada
Natalina Maria Pereira/Arquivo pessoal
A mãe de Sávio contou ao ge a história do paratleta de Lima Duarte, Minas Gerais, que sensibilizou o maior craque da história do Flamengo a apoiar a causa.
“O Sávio é flamenguista doente, sempre acompanha os jogos do time. O apoio do Zico chegou para nós por meio da Renata Borcard, que faz este tipo de ação. Quando soubemos que o Zico ia doar a camisa para a rifa, choramos muito”.
Emocionada, quem dá esse relato é Natalina Maria Pereira, mãe de Sávio. Hoje com 23 anos, o paratleta nasceu prematuro, aos sete meses de gestação. Em razão de falta de oxigênio no cérebro, ele desenvolveu paralisia cerebral. Com isso, Sávio teve perda de audição e ficou com sequelas motoras e na fala.
Sávio Samuel é torcedor do Flamengo
Natalina Maria Pereira/Arquivo pessoal
Sávio cresceu e conheceu a bocha de forma curiosa, segundo Dona Natalina.
— Eu tinha conversado com uma fisioterapeuta para fazer um andador para o Sávio, no Bairro Poço Rico, em Juiz de Fora. Quando estava voltando de lá, me encontrei com um moço na rua e ele perguntou se eu sabia de um projeto na Secretaria de Esportes em Juiz de Fora. Ficava em frente à Apae, e o Sávio era integrante.
“Na primeira vez que levei ele na bocha, olhei e pensei que aquilo ali não era para ele. Alguns dias depois, resolvi voltar, ele participou do treino e se apaixonou pelo esporte”, lembrou.
Sávio Samuel disputa a bocha na categoria BC3, quando o atleta tem maior grau de comprometimento motor e é assistido por alguém, que tem a função de direcionar a calha a partir das orientações do jogador.
Paratleta disputa competições regionais e nacionais
Natalina Maria Pereira/Arquivo pessoal
O paratleta treina e compete no esporte há cerca de sete anos. Sem movimento nas mãos, ele usa os pés para praticar a bocha. Além da parte motora, a mãe enxerga a evolução no filho e fala sobre o dia a dia de Sávio.
— Ele ficou mais concentrado em tudo. Ele presta mais atenção em coisas que faz em casa. Ele não faz as coisas com as mãos, mas com os pés ele mexe no computador, no celular, etc. Ele gosta muito de jogar no notebook e no telefone, anda a cavalo e faz outras atividades.
Dificuldades financeiras e rifa
Sávio e Dona Natalina moram em Lima Duarte, cidade que fica a 62,5km de Juiz de Fora. Os treinos da modalidade são às segundas e quartas-feiras, mas as dificuldades financeiras impedem que Sávio compareça a todas as atividades.
O paratleta está acostumado a competir e a ganhar medalhas. Recentemente, ele conquistou o bronze na bocha adaptada, nos Jogos do Interior de Minas Gerais (Jimi) Paradesporto 2023, sediado em Juiz de Fora.
Sávio Samuel, à esquerda, conquistou o bronze no Jimi Paradesporto
Natalina Maria Pereira/Arquivo pessoal
No entanto, o sonho dele é ter uma cadeira de rodas elétrica, que permita que ele se adapte melhor para ter um desempenho mais elevado nos treinamentos e campeonatos. O equipamento está orçado em R$ 35 mil.
Com as vendas da rifa ainda em andamento e com a proximidade do sorteio, marcado para 29 de novembro, Dona Natalina afirma que Sávio Samuel está confiante e ansioso para ter a chance de realizar o sonho dele.
— Ele está muito ansioso. Se a gente fala algo com ele, todo dia ele lembra daquilo, aponta para a cadeira dele e fica mostrando. Muitas pessoas falam que a cadeira motorizada não seria boa para ele, porque seria difícil para viajar, para transportar. Mas eu não acho isso, porque muita gente carrega cadeiras de rodas elétricas por aí — concluiu.
As rifas podem ser compradas por R$ 5 pelo Pix 32 98895 0452 (Renata Borcard Fernandes da Silva Sirico). A camisa será rifada pela Loteria Federal no dia 29 de novembro.
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