Briga por música levou estudante da UFRJ a tentar matar a mulher na frente da filha do casal, diz vítima

Brasil
Nesta quinta-feira (23), Justiça manteve a prisão de Márcio George Gomes Neves, de 37 anos. Márcio George Gomes Neves foi preso por suspeita de tentativa de feminicídio
Reprodução
A Justiça converteu a prisão de Márcio George Gomes Neves, de 37 anos, de flagrante para preventiva. A audiência de custódia aconteceu nesta quinta-feira (23) , em Benfica, Zona Oeste do Rio.
A juíza Priscila Macuco Ferreira destacou agressões anteriores para determinar a prisão preventiva, além do motivo fútil da briga.
“A vítima, que é companheira do custodiado há cerca de um ano e três meses e possui um filho em comum, relatou que ao longo do relacionamento ele sempre foi muito agressivo, com surtos descontrolados, se exaltando sem motivos. Afirmou que já ocorreram muitas brigas entre o casal e que em diversas vezes foi agredida pelo conduzido”, destaca a magistrada.
A briga, dessa vez, teria sido motivada porque Márcio não queria que a vítima ouvisse música. Na audiência, a mulher relatou que não consegue falar direito por ter sido enforcada, e que teme pela sua vida.
Ele foi preso na terça-feira (21) por tentativa de feminicídio contra namorada. O estudante de matemática da UFRJ enforcou a vítima, e só parou com a chegada de amigas dela, segundo o delegado da 37ª DP (Ilha do Governador).
“As declarações colhidas em sede policial não deixam dúvidas acerca da tentativa de feminicídio pelo acusado, que somente não matou a vítima em razão da chegada das duas amigas da estudante”, explicou o delegado de polícia, Felipe Santoro.
Segundo ela, não tinha procurado a polícia ainda porque acreditava na mudança do preso.
A juíza reforça ainda que Márcio tentou passar como vítima na tentativa de um boletim de ocorrência contra a mulher. O filho do casal, um bebê de seis meses, estava na casa no momento da agressão.
“Nem mesmo a presença do bebê constrangeu o custodiado, que cometeu os atos na presença do filho”, ressalta a juíza.
O preso disse à Justiça que sofre de ansiedade e esquizofrenia, e que faz uso de medicação controlada. Ele foi encaminhado ao presídio.

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