Entre os 2% mais influentes do mundo, pesquisadores da Unesp comemoram conquista: ‘Dever cumprido’

Brasil
Rankeamento dos cientistas mais influentes do mundo é feito com base no número de citações recebidas pelos trabalhos publicados. Quatro deles são de Rio Preto e Ilha Solteira, no interior de SP. Campus da Unesp em Rio Preto
Renato Pavarino/G1
Estar entre os 2% dos cientistas mais influentes do mundo, segundo a Universidade Stanford, dos Estados Unidos, representa a sensação de dever cumprido para os pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
O ranking dos cientistas mais influentes do mundo é feito com base no número de citações recebidas pelos trabalhos publicados em periódicos científicos.
Na categoria dos pesquisadores mais influentes ao longo da carreira, 41 são da Unesp, tendo dois de Rio Preto e dois de Ilha Solteira Entre eles, Vânia Regina Nicoletti e Rodrigo Capobianco Guildo, professores e pesquisadores do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce).
Professora Vânia Regina Nicoletti da Unesp de Rio Preto (SP)
Vânia Regina Nicoletti/Arquivo pessoal
Ao g1, Vânia, que é professora doutora em engenharia de alimentos, explicou que a pesquisa dela é focada na área de ciência da tecnologia dos alimentos, com ênfase em processos e propriedades físico-químicas de matérias-primas alimentares.
Segundo ela, a pesquisa mais citada relaciona a microencapsulação de compostos bioativos – como vitaminas, antioxidantes, corantes naturais e óleos essenciais – a uma tecnologia que pode ser empregada na indústria de alimentos, farmacêutica e insumos agrícolas.
Pesquisa da professora Vânia, da Unesp de Rio Preto (SP), é focada na engenharia de alimentos
Vânia Regina Nicoletti/Arquivo pessoal
Os resultados mostram que a microencapsulação possibilita retardar a degradação do material e facilita a manipulação, de forma a mascarar o sabor e o odor desagradáveis de alguns compostos.
“Fiquei muito feliz, pois isso demonstra que nosso trabalho está repercutindo e despertando interesse da comunidade científica. É uma sensação de dever cumprido, muito gratificante, pois se trata de um ranking bastante sério e abrangente. Dá uma ideia do impacto ao longo de boa parte da minha carreira científica”.
Pesquisa do professor Rodrigo, da Unesp de Rio Preto (SP), está focada na área de processamento de sinais e inteligência artificial
Rodrigo Capobianco Guildo/Arquivo pessoal
O professor doutor Rodrigo, também citado na lista de mais influentes, pontuou que sua linha de pesquisa está situada na área de processamento de sinais e inteligência artificial, na fronteira entre ciência da computação e engenharia elétrica.
As pesquisas mais relevantes, segundo ele, envolvem a análise de sinais de voz para diversos fins, como o pré-diagnóstico de enfermidades e a autenticação biométrica de locutores, como a transmissão e recuperação desses sinais.
“A inclusão me proporcionou expressiva alegria em função de um distinto reconhecimento que parte da comunidade científica internacional. Traz a sensação de grande responsabilidade com a condução dos estudos. Isso reflete diretamente a qualidade e o impacto das pesquisas desenvolvidas, as quais fomentam o progresso da ciência”.
O ranking
Os dados são organizados na forma de índices e geram uma pontuação. A partir dessa pontuação, os cientistas são classificados em 22 áreas científicas e 174 subáreas.
Dessa classificação, o ranking selecionou os 100 mil melhores cientistas por pontuação ou situados em um percentil de classificação de 2% ou superior na subárea.
A lista geral registra um total de 1.294 pesquisadores brasileiros. O país com mais representantes é o Estados Unidos com 69.258 pesquisadores.
Veja a lista dos mais influentes de Rio Preto e Ilha Solteira:
Dias Filho, Newton Luiz – FE/Ilha Solteira
Canesin, Carlos A. – FE/Ilha Solteira
Guido, Rodrigo Capobianco – IBILCE/São José do Rio Preto
Nicoletti, Vania Regina – IBILCE/São José do Rio Preto
A lista completa pode ser acessada aqui.
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