“Minha filha ficou traumatizada”, diz amapaense que estava com a família no Maracanã

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Confusão e pancadaria entre torcedores marcaram negativamente o clássico Brasil e Argentinas pelas Eliminatórias. Era a primeira vez das crianças assistindo um jogo da seleção Família amapaense estava no Maracanã, no setor onde ocorreu a briga generalizada
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Uma família amapaense viveu momentos de tensão na noite desta terça-feira (21) no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. O grupo com três adultos e duas crianças estava na arquibancada para acompanhar o clássico entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias, quando foram surpreendidos por uma briga generalizada entre torcedores a poucos metros do setor onde estavam.
De acordo com o relato de Bruno Igreja, integrante da família, a pancadaria teria começado no momento da execução do hino da Argentina, quando brasileiros começaram a vaiar e a xingar a torcida adversária. Houve bate boca e em seguida agressões físicas com cenas lamentáveis de violência, registradas bem próximo aos amapaenses.
“Muito triste, foi nossa primeira vez no Maracanã e vendo a seleção brasileira jogar! Meus filhos ficaram muito assustados com as brigas e minha filha ficou muito triste de ver os brasileiros não respeitarem o hino nacional da Argentina, juro para você que ela usou as seguintes palavras: pai, eu não acho legal eles vaiarem o hino da Argentina, isso é falta de respeito!”, comentou Bruno Igreja, treinador de taekwondo e gestor público no Amapá.
Bruno estava na companhia da esposa e da sogra, levando pela primeira vez os filhos Lorenzo (6 anos) e Geovana (10 anos) para conhecer o Maracanã. Ele lamentou a violência e classificou como vergonhosa a falta de organização da partida.
“Foi uma falta de respeito com as famílias de ambas torcidas que sonhavam com esse momento”, declarou.
Apuração
A Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou, em nota enviada ao ge, que só foi informada pela CBF da divisão dos torcedores no jogo entre Brasil e Argentina depois que todos os ingressos estavam vendidos.
A polícia afirmou ainda que a CBF decidiu por conta própria juntar brasileiros e argentinos no mesmo setor, contrariando o que costuma ocorrer em jogos no Rio. Foi neste setor que ocorreu a grave pancadaria que atrasou o início da partida.

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