Representantes da arbitragem brasileira se posicionam em meio a acusações contra classe

Esporte
Associação de Árbitros garantiu que vai processar quem fizer denúncias sem provas O chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, e o presidente da Associação de Árbitros do Futebol Brasileiro (Abrafut), Marcelo Van Gaase, debateram, nesta quarta-feira, sobre uma série de assuntos que envolvem a classe profissional, após as cinco primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. Um deles foram as recorrentes acusações de membros do futebol nacional contra os árbitros.
Desde que John Textor, dono da SAF do Botafogo, passou a fazer denúncias a respeito de supostas manipulações de resultados, a arbitragem brasileira virou ainda mais alvo de acusações e reclamações de dirigentes, técnicos e jogadores. Apesar de não mencionar o americano, Seneme destacou que há uma clara tentativa de transformar as decisões de campo dos árbitros em situações que ultrapassam a esfera esportiva.
— São pessoas que estão levando suspeitas de que árbitros erraram propositalmente sem nenhum elemento que possa conduzir uma prova ou indício que não seja esportivo de acerto ou erro — afirmou.
Além disso, Seneme reclamou por estar “vendo coisas bizarras acontecendo”, já que, na sua opinião, um erro ou uma interpretação equivocada do árbitro está sendo considerado como indício de manipulação de resultado, o que “não ocorre em nenhuma outra parte do mundo”.
Quem se posicionou com mais firmeza sobre o tema foi Marcelo Van Gasse, que é o presidente da Abrafut e está na ativa como árbitro assistente. Ele fez questão de verbalizar que, a partir deste momento, vai tomar as medidas cabíveis quem seguir esta linha de acusações contra a arbitragem.
— Não dá mais para escutar certas coisas sem fazer nada. A gente, como associação, vai começar a ir à parte cível para a pessoa ter que justamente provar o que está falando dos árbitros — garantiu Van Gasse.
Ao ser questionado sobre como frear esta onda de denúncias contra a arbitragem, principalmente vindas do Textor, Seneme declarou que “não vai dar marketing a casos sem elementos plausíveis” e também reforçou que os personagens do principal esporte do país devem se comportar adequadamente na hora de lidar com a arbitragem.
Na última rodada do Brasileiro, os dirigentes do Flamengo reclamaram de forma veemente, em coletiva pós-jogo contra o Bragantino, das recentes atuações da arbitragem contra o clube carioca. Inclusive, o vice-presidente, Marcos Braz, disse, dentre as contestações à CBF e arbitragem, que “é uma piada o que está acontecendo no futebol brasileiro”.

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