Sobrevivência Feminina: confira as instituições que oferecem acolhimento gratuito às vítimas de violência contra a mulher, em Presidente Prudente

Brasil
Segunda reportagem da série mostra a rede de apoio disponível para a mulher pedir ajuda, romper com o ciclo da violência e denunciar o agressor. Segunda reportagem da série Sobrevivência Feminina mostra a rede de apoio disponível em Presidente Prudente (SP)
Arte g1
Romper um relacionamento tóxico onde a mulher é vítima de violência não é fácil. Mesmo que ela consiga, é quase impossível curar sozinha as marcas deixadas pelo seu agressor no corpo e na alma. Ser uma sobrevivente demanda estar disposta a pedir e aceitar ajuda. Em Presidente Prudente (SP), há alguns meios gratuitos disponíveis para auxiliar a vítima.
Ao longo da semana do dia Internacional de Combate a Violência Contra a Mulher, o g1 publicará uma série de reportagens sobre o enfrentamento da violência de gênero no cenário do Oeste Paulista. A Sobrevivência Feminina em um relacionamento tóxico não é fácil, mas é possível.
A mulher que está vivendo uma situação de violência e decide procurar um órgão para ajudá-la a sair desta realidade possui alguns caminhos disponíveis para seguir. Neste momento de rompimento, é necessário, acima de tudo, pensar na sua própria segurança diante do agressor.
Veja a seguir alguns meios de pedir ajuda e denunciar um agressor:
Delegacia de Defesa da Mulher em Presidente Prudente (SP)
Bruna Bonfim/g1
DDM
O meio de pedir ajuda mais conhecido e mais comentado pela sociedade é através do registro de um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Em Presidente Prudente, ela fica na Rua José Dias Cintra, nº 149, na Vila Industrial.
O local fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Caso ela deseje procurar ajuda fora deste período, é possível ir até a Delegacia Seccional de Polícia, localizada na Rua Doutor Gurgel, nº 720 , no Centro.
Além disso, também é possível chamar por ajuda policial através do 180, na Central de Atendimento à Mulher, ou pelo 190, o canal comum de denúncias da Polícia Militar.
Defensoria Pública do Estado de São Paulo em Presidente Prudente (SP)
Reprodução/TV Fronteira
Defensoria Pública
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo, na maior cidade do Oeste Paulista, também recebe denúncias de violência contra a mulher. Além disso, ela oferece assistência jurídica, integral e gratuita às pessoas que não possuem recursos financeiros suficientes para pagar as despesas com honorários de um advogado particular.
As vítimas também podem procurar o local para solicitar medidas protetivas. A Defensoria pode ser acessada para interpor ações de divórcio e todas as cláusulas decorrentes da ruptura, tais como guarda e pensão alimentícia.
O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h. O atendimento ao público é realizado no período da manhã, limitado a 50 atendimentos por dia.
A Defensoria Pública fica na Rua Comendador João Peretti, nº 26, no Jardim Paulista. O telefone para contato é o (18) 3222-9322.
Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), em Presidente Prudente (SP)
Bruna Bonfim/g1
Creas
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) é um órgão público voltado para o atendimento psicossocial. Conforme a Prefeitura de Presidente Prudente, o Creas Mulher na cidade é responsável pela coordenação da “Rede Mulher Prudente”, uma rede de proteção que conta com a participação das Polícias Militar e Civil, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), órgãos de saúde, Assistência Social, entre outros órgãos.
Esta rede tem como objetivo buscar a articulação de políticas públicas e das organizações não governamentais em Presidente Prudente para o trabalho de enfrentamento da violência de gênero com ações integradas.
No Creas, o serviço de proteção e atendimento especializado à mulher oferece grupos de apoio, orientação e atividades diversas para a vítima.
Um dos Creas que oferece atendimento de acolhimento à mulher é a unidade localizada na Rua Napoleão Antunes Ribeiro Homem, nº 471, no Jardim Marupiara. O Creas funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O telefone para contato é o (18) 3221-9399.
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Presidente Prudente (SP) possui projeto de atendimento jurídico gratuito
Leonardo Jacomini/g1
OAB
A 29ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Presidente Prudente, também faz parte da “Rede Mulher Prudente.
Além disso, a OAB possui o projeto “OAB por Elas”, que tem o objetivo de promover atendimento jurídico gratuito e humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica no Oeste Paulista.
A iniciativa, lançada em agosto em parceria com a DDM, tem como público-alvo mulheres vítimas de violência doméstica, que receberão orientações jurídicas por advogadas plantonistas e voluntárias semanalmente, às segundas-feiras, das 9h às 12h e das 14h às 17h, na DDM.
A OAB em Presidente Prudente fica na Rua Doutor João Gonçalves Foz, nº 885, no Jardim Marupiara. O local funciona de segunda à sexta-feira, das 8 às 17h. O telefone para contato é o (18) 3221-0641.
UBSs e ESF realiza atendimento básico e psicossocial para vítimas de violência doméstica
Paula Sieplin/TV Fronteira
Unidades de saúde
Algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Estratégia Saúde da Família (ESF) em Presidente Prudente, oferecem atendimento básico e psicossocial para mulheres vítimas de violência doméstica. São elas:
UBS do Brasil Novo: A unidade fica localizada na Rua Júlio Aranha, nº 120. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. O telefone para contato é o (18) 3905-2400;
UBS do Vila Real: localizado na Avenida Comendador Alberto Bonfiglioli, nº 2610, na Vila Real. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. O telefone para contato é o (18) 3909-1919;
UBS do Santana: oferece apenas atendimento básico e inicial para as vítimas. a unidade fica localizada na Rua Alberto Artoni, nº 190, no Jardim Santana. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. O telefone para contato é o (18) 3916-1042;
UBS do Belo Horizonte: localizado na Rua Coronel Albino, nº 3000. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. O telefone para contato é o (18) 3916-1295.
ESF Guanabara: localizado na Rua Oliveira, Nº 86, no Jardim Guanabara. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. O telefone para contato é o (18) 3905-3180.
Violência contra a mulher; sobrevivência feminina; ajuda; mãos dadas
Bruna Bonfim/g1
Referência no enfrentamento
Nas informações acima, foi possível visualizar que a maior cidade do Oeste Paulista fornece uma rede de apoio integrada à mulher que sofre ou já sofreu a violência de gênero.
Para a defensora pública do Estado de São Paulo, Giovana Devito dos Santos Rota, que atua principalmente na defesa dos direitos humanos, Presidente Prudente tem se tornado referência na defesa dos direitos das mulheres.
“Acredito que temos evoluído bastante nesta atribuição de amenizar violências, a dedicação tem se ampliado e aprofundado com os anos”, ressaltou Giovana.
Conforme a defensora pública, as mulheres estão mais resguardadas atualmente diante de tantos mecanismos de combate disponíveis.
“Acredito que as mulheres hoje estão mais resguardadas, pois existe esta união de instituições, nos exatos termos propostos pela Lei Maria da Penha, com um esforço amplo para efetivar os direitos das mulheres, estimular a potência feminina e a coragem para romper com o ciclo de violência”, complementou Devito.
Defensora pública do Estado de São Paulo Giovana Devito dos Santos Rota
Cedida
Apesar da rede de apoio, o cenário ainda é preocupante, visto que são situações já consideradas cotidianas pela sociedade. Além disso, algumas mulheres buscam ajuda apenas no último caso e precisam ser abrigadas de forma sigilosa, através da Casa Abrigo, para salvaguardar sua integridade física.
Uma das soluções, na visão da defensora, é intensificar a prevenção através da educação.
“Precisamos, de fato, de mais educação. Importante estimular o diálogo intercultural, estimular o pensamento crítico desde a infância, desnaturalizando condutas violentas contra mulheres”, finalizou Giovana ao g1.
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